Da sinalética à gestão sustentável dos destinos turísticos, as normas estabelecem requisitos para que o descanso seja seguro, confortável e de qualidade.
Quando chega a época de férias, muitos associam o momento ao descanso, ao mar, à areia e ao lazer. No entanto, por detrás de cada detalhe que contribui para uma experiência tranquila, existem normas que olham pela nossa segurança, conforto e sustentabilidade, mesmo que passem despercebidas.
Um bom exemplo é a NP EN ISO 7010, que define os símbolos gráficos para sinalização de segurança. Esta norma internacional contém centenas de pictogramas que nos orientam em situações de perigo ou emergência, desde extintores e botes salva-vidas até saídas de emergência e equipamentos de proteção individual. Na praia, por exemplo, indica sinais que nos alertam para o perigo de marés vivas, rebentamento de ondas altas ou largas, presença de tubarões, quando devemos usar equipamento de flutuação individual ou supervisionar crianças em ambiente aquático.
A gestão e operação de praias também têm referência normativa, a ISO 13009, que estabelece requisitos e recomendações gerais para os operadores de praias que oferecem serviços a turistas e visitantes. A norma é aplicável às praias durante a época balnear, visando garantir a qualidade, segurança e gestão adequada das operações de praia.
E as normas não se limitam à praia. O hotel onde fica alojado pode seguir a ISO 22483, que fornece uma referência comum para todos os hotéis em termos de prestação de serviços de qualidade, ou a ISO 21401, que promove práticas sustentáveis em estabelecimentos de alojamento turístico.
Até os óculos de sol que utilizamos cumprem requisitos técnicos definidos por normas internacionais, como a ISO 12312-1.
Além disso, se o destino das suas férias inclui turismo de natureza ou rural, há normas portuguesas como a NP 4494 «Turismo de Habitação e Turismo no Espaço Rural», a NP 4507 «Empreendimentos de Turismo de Natureza», e a NP 4520 «Atividades de Turismo de Natureza» que definem requisitos para garantir qualidade e coerência nos serviços prestados nestes ambientes. Para aqueles que optam por termas ou spa como forma de lazer, a NP ISO 21426 contempla requisitos de serviço específicos para estabelecimentos termais, valorizando o bem-estar e reforçando a reputação destes espaços como destinos de saúde.
Para que se possa assegurar a equidade no acesso e fruição do turismo pelo maior número possível de pessoas, independentemente da idade ou capacidade, a NP ISO 21902 «Turismo acessível para todos» destaca-se por estabelecer orientações para a eliminação de barreiras físicas e comportamentais, permitindo que pessoas de todas as idades e capacidades vivam experiências turísticas com dignidade e autonomia.
E se o seu programa de férias inclui piscinas, não faltam normas nacionais que asseguram a qualidade e segurança destas infraestruturas: a NP 4500, que regula vedações e proteção de acessos a piscinas e outros planos de água, e a NP 4542, que define os requisitos de qualidade e tratamento da água, incluindo parâmetros físico-químicos, sistemas de desinfeção e higiene imprescindíveis para a saúde dos utilizadores.
Como podemos ver, as normas estão mesmo por todo o lado.
Assim, mesmo longe do trabalho e do quotidiano, as normas continuam a trabalhar silenciosamente para que as férias sejam sinónimo de bem-estar, segurança e qualidade.
2025-08-18